O que esperar do mercado em 2023?

O que esperar do mercado em 2023?

Chegou a hora de analisar e ponderar sobre o que fazer com o seu dinheiro em 2023. Não há dúvidas que o ano passado foi bem agitado e reservou fortes emoções para o investidor, foram vários os eventos no mercado financeiro e fora dele.

O blog Mercado de Trabalho buscou fazer uma análise de dados e outros pontos de organizações e empresas ligadas ao setor do mercado para entender como será o novo momento da economia em 2023 em solo brasileiro e as tendências do mercado internacional.

Vamos também analisar o que está por vir e o mais importante: como investir da melhor forma, seja em um negócio que você estava planejando, cursos que pretenda iniciar ou bens de consumo que deseja comprar.

O que as análises indicam sobre o mercado em 2023?


De acordo com a análise da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2023 será de 1,2%, abaixo da média mundial de 2,2%.

O relatório explica que a atividade econômica no Brasil acelerou acima do esperado no primeiro e segundo trimestres de 2022, porém, o crescimento perdeu força no terceiro trimestre.

A expansão menor da economia brasileira projetada reflete a deterioração das previsões globais, da política fiscal mais apertada e dos efeitos dos aumentos dos juros nos últimos meses de 2022 para conter a inflação.

Mesmo ficando novamente abaixo da média mundial, o PIB brasileiro irá crescer mais que o americano e da zona do euro, em que ambos contam com expansão estimada em 0,5% e da média de 38 países da OCDE, projetada em 0,8%.

A instituição prevê uma leve melhoria do PIB brasileiro em 2024, com crescimento estimado em 1,4%, abaixo da média mundial, que deve ser de 2,7%. Segundo as análises da OCDE, preços mais baixos das commodities e a desaceleração econômica em grandes parceiros comerciais vão reduzir a demanda externa.

Já sobre o investimento privado, será um ponto que vai continuar subindo no Brasil por conta da maior confiança empresarial. A previsão para 2023 é de que a política monetária siga restritiva e a atual taxa de juros deve se manter no mesmo patamar. 

E a temida a inflação?


Bem, esse é o assunto que não saiu das notícias de jornais e relatórios macroeconômicos. O mesmo estudo prevê ainda que o índice no nosso país deverá diminuir durante o período de projeção à medida que os efeitos dos preços mais altos da energia e dos alimentos se ajustarem.

Segundo a OCDE, a taxa deverá cair de 8,9% ao ano em 2022 para 4,2% em 2023, subindo para 4,5% em 2024 com o aumento da retomada econômica.

Ou seja, a tendência é que o momento pós pandemia e pós turbulências e incertezas do período eleitoral, comecem a se “assentar” para 2023, embora ainda existam muitas variantes devido as condições do mercado internacional, além do andamento e das medidas tomadas do atual governo ao longo do ano.

Para quem deseja investir fique atento no mercado em 2023 


A economia global cresceu em média 3% em 2022, ou seja, cerca de metade do ritmo observado em 2021, de 5,9%, durante a recuperação registrada a partir do início da pandemia de Covid-19.

A guerra na Ucrânia tem um efeito negativo persistente sobre as condições econômicas em âmbito global. Para a OCDE, o crescimento econômico mundial perdeu seu impulso e a inflação alta se mantém persistente. Ao mesmo tempo que a confiança diminui e as incertezas são elevadas.

Tanto que o quadro mundial continua piorando, inflação alta, juros em elevação e desaquecimento do nível de atividade são fatores que se farão presentes em 2023.

Esses acontecimentos devem ser levados em conta no atual momento do mercado no Brasil, o impacto da política monetária e o ritmo de expansão da atividade econômica são pontos de atenção em um futuro nem tão distante. 

Mas calma, nem tudo são incertezas! As milhões de pessoas que ficaram desempregadas nos últimos anos, por conta do cenário da pandemia, podem ter um pouco mais de esperança.

Isso porque o mercado de trabalho segue em trajetória positiva, com a queda da taxa de desocupação, recuperação dos rendimentos e aumento da massa salarial real. 

Mais pontos a serem observados em nossa realidade


Inflação


A projeção para o IPCA, que é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, foi de 5,79% para 5,76% em 2022. Já para 2023, subiu de 5,08% para 5,17%, enquanto para 2024 continuou em 3,50%. Referente a 2025, subiu de 3,02% para 3,10%. 

Por outro lado, as projeções do Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea para o IPCA e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2022 foram mantidas em 5,7% e 6,0%, respectivamente. Para 2023, a taxa prevista para os dois índices ficou em 4,9%.

De forma geral e levando em consideração todo o cenário macroeconômico, os especialistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para a inflação em 2022. Também elevaram as de 2023 e de 2025, conforme as estimativas divulgadas em dezembro pelo Banco Central.

PIB


Sobre o Produto Interno Bruto, o mercado manteve a previsão de crescimento da nossa economia em 3,05% em 2022. No ano de 2023, a estimativa passou de 0,75% para 0,79%, enquanto reduziu a de 2024 de 1,70% para 1,67%. Referente a 2025, manteve em 2,00%. 

As mais de 100 instituições financeiras consultadas toda semana pelo Banco Central também projetaram um PIB maior em 2023, só que menor em 2024. Já a previsão Dimac/Ipea foi revisada de 1,6% para 1,4% em 2023 e continua acima das expectativas do mercado, que giram em torno de 0,7%. Essa diferença é por conta de uma estimativa mais alta de crescimento do setor agropecuário.

Selic


Depois de vários aumentos para conter a inflação, a expectativa para a taxa de juros ficou em 13,75% no fim de 2022, com possibilidade de queda em 2023. Por outro lado, subiu no fim de 2024, de 8,50% para 9,00%. Já no fim de 2025, a estimativa é de 8%. Pelo Banco Central, o mercado elevou a perspectiva da Selic para o fim de 2024.

Câmbio


Referente aos próximos três anos, as casas decimais se alteram: de R$ 5,25 para R$ 5,26 em 2023, de R$ 5,24 para R$ 5,25 em 2024 e de R$ 5,23 para R$ 5,30 em 2025.

Buscar qualificação é alternativa para entender dados e o momento do mercado


Cursos são sempre investimentos e nunca devem ser encarados como gastos. Afinal, é por meio da educação financeira ou da gestão de negócios, que vai ser possível entender melhor sobre o mercado e quando investir ou não o seu capital em um empreedimento.

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