Gastronomia: a realização de um sonho de infância

Gastronomia: a realização de um sonho de infância

Quando a gente chega na casa da dona Lourdes Silva, no município de Fazenda Rio Grande, na Grande Curitiba, Paraná, logo descobrimos que toda a família abraçou o projeto dela de empreender. Trabalhar na área da gastronomia é a realização de um sonho de infância para Lourdes que viu gerações da sua família trabalharem produzindo alimentos.

Mas, como todos os profissionais que abrem seu próprio estabelecimento, a trajetória não foi fácil. Ela precisou trabalhar em atividades que não eram gratificantes, mas necessárias para o sustento da família e para começar a projetar suas ideias.

Ela reforça que sempre gostou “de mexer em cozinha”. “É uma questão de família, minha mãe já fazia bolos e muitas outras coisas, desde criança eu a via trabalhando na cozinha e eu, assim como ela, sempre gostei de ajudar e de aprender mais sobre receitas, pratos, como fazer isso e aquilo. Já trabalhei em outras atividades, em empresas, mas nunca me adaptei, não me sentia 100% realizada com o que eu estava fazendo, então foi que eu percebi que não era só um hobby pra mim, cozinhar é o que eu sei fazer mesmo, é o que eu gosto de fazer e percebi que poderia ganhar dinheiro com essa habilidade”, conta dona Lourdes.  

Oportunidade de estudar Gastronomia


Com renda apertada, como boa parte dos trabalhadores brasileiros, dona Lourdes conta que não podia pagar por um curso na área da culinária, como tanto gostaria de fazer, então teve de esperar um pouco para começar os estudos.

Mas, mais cedo do que ela imaginava, surgiu uma oportunidade de profissionalização. “Foi então que a empresa que eu estava trabalhando me perguntou se tinha algum curso que eu teria interesse em fazer, falei para eles da minha vontade de estudar e me aprofundar em gastronomia. Eles gostaram da minha iniciativa e deu tudo certo. No mesmo dia fui correndo em uma escola profissionalizante, o Instituto Mix de Profissões, fazer minha matrícula.

Motivação para ir além


Depois de começar a fazer o primeiro curso, dona Lourdes não parou mais de se qualificar, viu que com que os cursos ela poderia aprender muito mais do que já conhecia. “Entrei para fazer um e acabei fazendo dois cursos, durante esses cursos apareceu mais um de pasta americana que eu aproveitei para me matricular e fazer também. E a partir dali, como toda essa bagagem, só abriram portas para mim, dali para frente foram só alegrias”, conta ela animada.

O segundo passo na Gastronomia


O primeiro grande passo para a realização do seu sonho foi começar um estudo aprofundado de gastronomia, culinária e tudo que envolve o ramo da alimentação, o segundo passo, uma hora ou outra, teria que sair do papel: abrir um negócio no ramo da alimentação.

“Fique empregada na empresa que eu estava mais um tempo até que decidi que era hora de sair e começar algo eu mesma, ter coragem para enfrentar um novo desafio, foi algo que eu sentia que era preciso e no final deu tudo certo”, conta Lourdes.

Mais do que encomendas


Os primeiros trabalhos com a área da alimentação foram com encomendas de amigos, familiares, pessoas que já conheciam o trabalho dela. Mas aos poucos tudo foi tomando outras proporções, e quando a família percebeu o sonho da dona Lourdes já era um negócio lucrativo e que estava alcançando novas etapas. Uma delas foi uma ideia que revolucionou os negócios para eles, uma feira em espaço público.


“Surgiu a ideia então de abrirmos uma feira em uma rua bem movimentada da cidade, próxima de muitas fábricas de grande fluxo de pessoas, pedidos a permissão da prefeitura, alvará e tudo mais, como manda a lei, e quando vimos tínhamos montada uma verdadeira praça de alimentação itinerante”, enfatiza.

Além das encomendas que surgem sem parar, graças ao trabalho excelente da dona Lourdes, ela agora consegue um ótimo rendimento da participação nas feiras. “Estamos participando sempre que pudemos da feira, nos sábados pela manhã e a tarde, e nos domingos quase que o dia inteiro. E seguimos criando, inovando e vamos que vamos, trabalhar pra gente mesmo é muito bom, é muito gratificante, dá um novo entusiasmo para gente e mudou a minha vida, literalmente”, concluí, feliz, dona Lourdes.

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