Costureiras se adaptam à crise com produção de máscaras

Um dos setores fortemente atingidos pela crise causada pela pandemia foi o da confecção. Mas quem depende da costura viu um jeito de faturar em meio à crise, as costureiras se adaptaram rapidamente e começaram a tirar sua renda da produção e venda de máscaras de pano.
Foi o caso da dona Sandra Vieira, com quase 60 anos de idade ela nunca imaginava que teria que começar a produzir máscaras para continuar a ter renda. Dona Sandra sempre trabalhou costurando para indústria e pequenas encomendas desde sua adolescência, realidade que mudou drasticamente para ela e outras milhares de costureiras.
Ano desafiador na confecção
Não está sendo um ano fácil para micro e pequenas empresas. Estabelecimentos que dependem de capital de giro para pagar aluguéis, quadro de funcionários e outras despesas se viram em uma situação jamais vivenciada em gerações. A saída para muitas dessas pequenas empresas é se reinventar.
Tem sido assim para quase 2 milhões de costureiras em todo o Brasil, dados da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) mostram que boa parte dessas profissionais tiveram a jornada de trabalho reduzida, outras tiveram o contrato de trabalho suspenso temporariamente e outra grande parcela foi demitida das empresas onde atuavam.
Alta demanda por máscaras “salva” costureiras

Para circular na maioria das cidades brasileiras você deve obrigatoriamente estar de máscara. O mesmo vale para consumidores que desejam ir em lugares onde haja fluxo de pessoas como supermercados, templos religiosos e unidades de saúde, por exemplo.
Quem acompanha os noticiários sabe que essas normas variam muito para cada estado, cada região e sua realidade. Mas, no geral, a orientação de especialistas em saúde é para que a população utilize a máscara de pano, que deve ser trocada pelo individuo a cada quatro horas por outra limpinha (higienizada).
Graças a obrigatoriedade do uso da máscara em muitas cidades e na entrada de estabelecimentos comerciais, as costureiras receberam uma enxurrada de pedidos para a confecção de máscaras. O que vem compensando, pelo menos em parte, a queda brusca na produção de peças de roupas ou serviços rotineiros de uma costureira.
Para voltar a atividade na produção e atendimento ao consumidor, as empresas devem fornecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) aos colaboradores que, agora, incluem máscaras e luvas descartáveis e muito álcool em gel para a constante higienização das mãos quando, não for possível lavar com água e sabão.
Costureiras usam e abusam da criatividade

Em meio a tantos pedidos e a demanda crescente por máscaras, se destaca a profissional que opta por fazer máscaras estilizadas. Uma das coisas em que o brasileiro é lembrado é da sua criatividade. E nisso, de fato, não pecamos.
Para crianças têm máscaras de desenhos infantis e super heróis. Para o público feminino máscaras com flores, formatos suaves, bordados, rendas e até acessórios. Para o público masculino máscaras menos “chamativas” como as pretas, azul marinho ou as fornecidas pela empresa em que atua.
Vale ressaltar a importância da propaganda, mostrando as peças produzidas nas redes sociais. Divulgando diferentes desenhos, formatos e tamanhos. Afinal a propaganda é a alma no negócio.
Segmento promissor
Apesar das dificuldades, que são momentâneas, tem crescido significativamente o número de ateliês no Brasil. Cada vez mais profissionais estão buscando trabalhar por conta própria e o consumidor, em muitos casos, opta por fazer suas roupas com costureiras por questões que variam desde o preço final da peça até a exclusividade da roupa.
Quem deseja seguir pelos caminhos do segmento da moda e da confecção encontra muitos cursos profissionalizantes disponíveis no mercado para ajudar a aprender esta profissão ou agregar conhecimentos que já possuem.
Entre os cursos mais conceituados listamos este de uma das maiores redes de ensino profissionalizante do país. Para você que não é costureira e quer aprender a fazer suas máscaras de forma caseira, damos algumas dicas nesse artigo.